Se o rádio não apresentar bom funcionamento existem diversas possibilidades.
Nos primeiros casos temos a distância excessiva de sua localidade de estações de FM, caso em que realmente nada pode ser ouvido, mas tão somente o chiado no alto falante.
Para as aeronaves lembramos que estas realmente fazem comunicações bastante curtas de modo que se não houver nenhuma nas proximidades, ou poucas, será preciso um pouco de sorte, paciência e habilidade para escutá-las. Somente nos casos de grandes aeroportos em que as comunicações são mais frequentes é que logo de início se terá facilidade de captação das emissões.
Se nada for ouvido no alto falante, nem mesmo o chiado característico é sinal que algo está errado na montagem. Veja os contactos da bobina, a posição do trânsistor Q1 e os componentes próximos.
Se ocorrerem apitos ou chiados excessivos ao se ajustar o rádio é sinal que realimentações estão ocorrendo. Veja se os fios de ligação dos componentes não estão muito longos.
Se o chiado estiver presente mas as estações não forem ouvidas a bobina pode precisar de alterações. Assim:
a) 4 espiras - cobre a faixa de FM, e escuta-se o som dos canais baixos de TV.
b) 3 espiras - cobre a faixa de FM e aeronaves.
c) 2 espiras - cobre a faixa de polícia, aeronaves e alguns canais altos de TV.
A sintonia correta das estações desejadas dependerá um pouco de experimentação do montador.
Os componentes eletrônicos são fabricados com certa tolerância em relação as suas especificações. Igualmente, cada montador tem um modo de trabalhar diferente, o que significa que dois rádios mesmo que exatamente iguáis podem apresentar pequenas diferenças de desempenho.
Assim, mesmo que nosso projeto tenha os valores médios ideais, o leitor habilidoso pode chegar ao funcionamento perfeito se levar certos componentes experimentalmente aos valores ótimos, conforme as peças que usar. Até mesmo pequenas anormalidades notadas em vista das tolerâncias dos componentes e da montagem podem ser eliminadas com esta técnica.
A obtenção de valores ideais de determinados componentes segundo esta técnica consiste em "otimizar" o receptor, e isto é relativamente fácil quando sabemos em quais peças devemos mexer.
Damos então as indicações que permitem ao leitor obter o máximo de seu rádio eliminando assim eventuais deficiências dos componentes ou da própria montagem.
a) Se o leitor notar uma tendência do receptor em apitar na sintonia, ou mesmo de ter um som agudo em excesso com certas estações, experimente modificar o capacitor C2 aumentando ou diminuindo o seu valor. Este componente deve ser cerâmico com valores entre 2n2 e 22nF. A sensibilidade do receptor também será alterada com a troca deste capacitor.
b) Em alguns casos o trânsistor Q1 por seu ganho mais baixo(conforme a marca)terá dificuldades em oscilar, caso em que o rádio não "chiará". Uma melhora de funcionamento com a obtenção da oscilação pode ser obtida com o aumento de valor de C4. Do original 4p7 pode-se passar para 8p2 ou mesmo 12pF sempre de cerâmica.
c) O capacitor C9 determina a tonalidade básica do som. O valor médio é 470pF mas se o leitor quiser som mais agudo basta reduzí-lo para 220pF ou 100pF e se quiser mais grave deve aumentá-lo para 1000pF ou 1nF.
d) A nitidez do som e consumo das pilhas dependem do valor da R11. Pode-se experimentalmente ligar um trimpot em seu lugar e fazer o ajuste para o melhor som. Se o leitor notar distorção no som deve aumentar inicialmente para 560R o valor deste componente ou ainda experimentar 270R.
e) Dependendo da localização de sua casa a recepção dos sinais de FM pode exigir uma boa antena. Para os locais próximos a estações fortes a antena telescópica é suficiente. Se a recepção for difícil você pode ligar da antena ao cabo da antena de TV externa, e o polo negativo da bateria ao outro fio da mesma antena, formando assim um dipolo. Mesmo com a antena telescópica pode ser necessário mudar de localização o radinho no sentido de conseguir em sua casa o local de recepção mais nítida. Quando o sinal é fraco, este reflete na qualidade do som que se torna distorcido.
f) Melhor qualidade de som que a obtida na montagem original pode ser conseguida com a utilização de um alto-falante maior numa pequena caixa acústica caso em que o leitor pode até surpreender-se com a nitidez obtida em alguns casos.
g) A pequena interferência que o receptor causa em aparelhos de FM ou TV próximos é natural do circuito. Sua operação deve ser feita distante portanto de tais aparelhos quando em funcionamento.
h) Durante o funcionamento não devemso aproximar objetos ou mesmo a mão do circuito pois sua capacitância pode facilmente tirar de sintonia o circuito prejudicando assim a qualidade de som.
T1 BF494; T2,T3,T4 BC547 ou BC548; T5 BC557 ou BC558; D1,D2 1N4148; FTE alto falante de 8 ohms; L1 bobina (ver texto); XRF choque de RF (ver texto); R1,R3 47K; R2,R5 10K; R4,R6 3K3; R7 1M; R8 22K; R9 4K7; R10 330K; R11 330R; C1 22uFx12v; C2 10nF; C3 Trimmer;
C4 4,7pF ou 8,2pF; C5 2,2nF; C6 22nF; C7 100nF; C8 4,7uFx12v; C9 220pF; C10 220uFx12v; C11 47uFx12v; outros: Placa de fenolite cobreado ou de trilhas perfuradas, Suporte para 4 pilhas, fios, solda, etc...